domingo, 6 de julho de 2008

Escritores não faltam...

Se há algo que felizmente não falta no Mundo são Escritores. Ou Aspirantes a Escritores. Pessoas que escrevem as suas obras, os seus textos, deixando o leitor descobrir sempre um pouco mais da sua personalidade. Mas afinal, o que é, verdadeiramente, um Escritor? Serei eu uma Escritora? Já me disseram que sim.
Para a maioria das pessoas, Escritor é uma “pessoa que escreve”, ou seja, uma pessoa que pega numa caneta, numa folha de papel e se deixa expressar, em prosa ou poesia, escrevendo histórias fícticias ou não ou até mesmo um retrato dos seus sentimentos. Serão estas pessoas Escritores? O dicionário da Língua Portuguesa não parece concordar. Ao procurar escritor no mesmo, encontro a seguinte definição: “do Lat. Scriptore, s. m., autor de obra literária ou científica.”
Terá uma pessoa de escrever uma obra para ser um Escritor? Não pode ser aquela pessoa que pega numa caneta e escreve uma frase ou duas? Essa pessoa está a escrever, por isso, teoricamente, é um Escritor. Mas depois vem mais uma afirmação: “Um escritor é aquele que escreve bem.” O que é escrever bem, afinal? Será escrever de maneira original? Será escrever de uma maneira que consideramos “Literária”? Gostaria que deixassem a vossa opinião sobre isto, caros leitores.
Depois há aqueles que fazem da escrita a sua profissão. Se no passado era uma profissão honrada que uma pessoa inteligente que soubesse escrever bem (a velha questão) pensaria em tirar, nos tempos actuais é caso de riso e uma “candidatura ao desemprego”. No entanto, os Escritores ainda existem e nunca deixarão de existir, desde os autores das grandes obras à pequena criança do jardim infantil que escreve frases como “O João trancou o Javali na Jaula”.

(gostaria de saber as vossas opiniões para o que é um “Escritor”)

2 restauros:

Anónimo disse...

Desconhecia por completo o facto que as pobres criancinhas dos jardins infantis andam a escrever por aí que o João trancou o javali na jaula. Facto que me preocupa por duas razões:
primeira, eu não sabia escrever tal coisa na infantil. Escrevia o meu nome e pouco mais. Daqui concluo que ou sou eu que sou muito burra e lenta (que me preocupa), ou são as crianças de hoje que são demasiado precoces e inteligentes (também é relativamente preocupante).
Segunda, se as ditas crianças escrevem coisas dessas, será que é porque as ensinam a trancar os pobres javalis nas jaulas? Ou pior ainda, será que é porque as ensinam a NAO trancar os javalis, ou qualquer outro animal em jaulas? Será um golpe do vegetarianismo? As crianças estarão a ser educadas no sentido de desvalorizar a dignidade humana e sobrevalorizar a dignidade animal?Podemos morrer a fome, desde que o pobre bichinho não fique preso na jaula?
É sem dúvida preocupante.
Não conhecia o teu blog, só li agora um bocado na diagonal, mas parece engraçado:)
Beijinhos

(Este post foi escrito Rosário Boavida em época de trabalhos e pré-frequências, pelo que qualquer afirmação feita em cima não poderá ser levada a sério)

Ana C. Nunes disse...

Bem esta é uma questão um pouco complicada pois eu embora já tenha escrito obras completas ainda tendo a considerar-me uma "escritora amadora". Será que me desvalorizo? Talvez, mas a minha ideia de escritor é mesmo aquele que publi8ca algo. É estranho dar-me conta de que esta minha ideia não é assim tão linear. Afinal há bons "escritores" que ainda não se viram publicados. Seria presunçoso da minha parte não os validar como escritores só por isso.
Sinceramente, ainda estou em dúvidas. É um conceito muito vago.